segunda-feira, 14 de agosto de 2017




Introdução

Este artigo pretende estudar a música moçambicana, como um veículo de transmissão da História de Moçambique, tomando como base dois grupos musicais moçambicanos, nomeadamente: Ghorwane e Kapa Dêch.

A abordagem deste tema tem a ver com o poder da música sobre os indivíduos pois, ela provoca no seio das pessoas uma emoção e conduta inexplicáveis. Perante esta realidade, surgiu em mim a ideia de se realizar o presente estudo, almejando perceber o efeito da música dos grupos Ghorwane e Kapa Dêch na transmissão do conhecimento histórico de moçambique. A motivação para a escolha deste tema, deveu-se ao facto de ter uma admiração pela música moçambicana, enquanto arte de comunicar, transmitir sentimentos e educar através do conteúdo, significado e actualidade das suas músicas. É motivação também o facto de estudos sobre a música ser um campo pouco explorado. Um outro motivo ainda está relacionado com o valor educacional que a música desempenha e veicula nos domínios político, económico e, com ênfase, no sociocultural.

Este trabalho assume como tema de estudo a música moçambicana e o ensino da História e tem como objecto de estudo a música moçambicana como um vínculo de transmissão da história de Moçambique e escolhe como aspecto o papel dos grupos Ghorwane e Kapa Dêch como exemplos da transmissão dessa história.

Do que foi acima referido, formulou-se o seguinte problema: Até que ponto as músicas dos grupos Ghorwane e Kapa Dêch serviram de veículo de transmissão da história de Moçambique?

 Adianta-se como hipótese que para além de constituírem uma manifestação cultural e exprimirem valores da sociedade moçambicana, as músicas dos grupos Ghrowane e Kapa Dêch constituem um veículo de transmissão da História de Moçambique na medida em que, nas suas composições interpretaram temas ligados ao passado e ao presente da história da sociedade moçambicana.

O objectivo geral desta pesquisa é analisar o papel da música dos grupos Ghorwane e Kapa Dêch na transmissão da História de Moçambique. e os específicos, fazer uma contextualização histórica da música Moçambicana; descrever o historial dos grupos Ghorwane e Kapa Dêch, explicar o papel dos grupos Ghorwane e Kapa Dêch na transmissão da História de Moçambique no período entre 1983-2005 e por fim mostrar as possibilidades que se oferecem para o ensino da história através da música.

Para a materialização deste projecto recorreu-se ao método qualitativo na vertente etnográfica. A escolha da pesquisa qualitativa justifica-se pelo facto de ser adequada para a recolha de factos, sentimentos, sensibilidades e emoções que permitem entender a natureza do fenómeno social, através da interpretação dos seus sinais e símbolos significativos.

Para o efeito, tomou-se como referencial teórico Maria Cândida Proênça (1989) que na sua obra “Ensinar/Aprender História”, concebe a música como um meio para o ensino/aprendizagem na aula de história. Nesta obra, refere-se ao uso da música com vista a despertar a curiosidade e interesse do aluno e a mudar a relação entre o professor e o aluno, pois o contacto entre o aluno e a música quebra a tradição pedagógica em que o professor impõe sem cessar. Refere ainda que este meio didáctico, permite uma melhor eficácia pedagógica, na medida em que leva para a sala de aula, aquilo que por vezes é difícil ou mesmo impossível observar directamente[1] de tal modo que permite clarificar e organizar noções e conceitos[2].

1.Conceitualização

Antes da abordagem da história da música moçambicana propriamente dita, achou-se relevante trazer alguns conceitos básicos necessários para a compreensão do tema, tais como: cultura, arte e música.

1.1.Conceito de cultura

Williams (1992, p. 17) afirma que o termo cultura deve ser discutido sob duas perspectivas: a primeira, a cultura enquanto um processo social constitutivo que cria modos de vida específicos e diferentes e a segunda, a cultura definindo a vida intelectual e artística. Esta concepção do autor sobre cultura mostra a perspectiva histórica e evolutiva do conceito cultura e as interligações que têm com a sociedade e a economia.

1.2.Conceito de arte

De acordo com Eco (2008, p.27) o termo arte provem do latim “ars”, que significa técnica ou habilidade. Actualmente, este conceito é compreendido como sendo uma actividade ligada as manifestações de ordem estética por parte do ser humano. A arte é o produto ou processo em que o conhecimento é usado para realizar determinadas habilidades.

Esta perspectiva é também sustentada por Marcuse (2007, p.56) quando afirma que arte é uma criação humana com valores estéticos que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. O autor acrescenta que a arte é um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras. Na arte aplicam-se conhecimentos e ela apresenta-se sob variadas formas como: a música, a plástica, a fotografia, a escultura, o cinema, o teatro, a dança e a arquitectura.

1.3.Conceito de Musica

A música está relacionada com a beleza, a estética e com o conhecimento, na medida em que é comparada com outras manifestações de arte e conhecimento. Assim, podemos ter a música, embora seja difícil dar um conceito acabado, pois ela evolui de acordo com o tempo e o espaço. Entretanto é concebida a música como sendo a arte “ars” de combinar harmoniosamente os sons de modo a agradar o ouvido.

2.Contextualização da história da Música Moçambicana

A expressão cultural, por via da música, remonta aos primórdios da formação da sociedade. O homem desde sempre procurou transmitir, os seus hábitos e costumes (crenças) por meio da dança, pintura, cerâmica, escultura, música e outras manifestações culturais. É desta forma que a música como expressão cultural, constitui uma prática social por meio da qual, os sujeitos procuram compreender e interpretar a realidade política, económica e sociocultural vivida.

Pode-se dividir a análise sobre a música moçambicana em dois períodos: o Colonial e o Pós-colonial

2.1.Período colonial

De acordo com Coplan citado por Merique (2006, p.19) a colonização, no contexto cultural, manifestou-se na repressão directa da música e cultura africana e imposição dos valores europeus. Como resposta os africanos reclamaram os seus valores culturais, dando origem ao surgimento de sub-culturas novas, das quais identidades novas no campo musical com a introdução de variedades tradicionais, orientais e até europeias na música, resultaram na música ligeira[3].

Nas zonas com maior presença colonial com os cidadãos, igualmente, a música e a canção foram instrumentos de luta pacífica com grande alcance mobilizador para a participação na Luta de Libertação Nacional.

2.2.A música no Período pós-colonial

De acordo com Jotamo (2003, p.26) com o início da Luta Armada de Libertação, a canção e a cultura de um modo geral, desempenharam um papel muito importante na mobilização, alfabetização e na denúncia de comportamentos considerados não aceitáveis, na “morte” da tribo e no “nascimento” da nação moçambicana. A Independência de Moçambique, em 1975, trouxe novas tendências musicais. Os músicos que dantes se dedicavam a imitar estilos estrangeiros como o soul music, o rock e a música brasileira, libertaram a sua criatividade e trouxeram ao público músicas originais e tradicionais moçambicanas. Mas isso não impediu que a música estrangeira não fizesse parte do seu quotidiano. A partir da rádio e discos existentes neste período também popularizaram-se os concertos musicais realizados pelas Agências 1001 e Delta Públicidade, cujo objectivo principal era de promover os produtos comerciais de seus clientes.

Toda a actividade artística, particularmente a música, vai reflectir cada época correspondente ao regime político implantado. Os grupos em estudo não se dissociaram do contexto histórico e cultural do momento em que viveram.

3.Historial dos agrupamentos Ghorwane e Kapa Dêch

3.1. O Grupo Ghorwane

Etimologicamente a palavra Ghorwane, significa lago que nunca seca, inspirado num lago do mesmo nome, em Chibuto, na província de Gaza, que, segundo se diz, nunca seca. O grupo foi fundado na Cidade de Maputo, em Novembro de 1983 por Pedro Langa e outros companheiros provenientes de outras bandas. Este grupo, tornou-se numa das bandas mais respeitadas de Moçambique, apostado na pesquisa de rítmos tradicionais moçambicanos, como: M’ganda, Muthimba, Mapíco, Xigubo, combinado com o Afro-pop e a fusão, o grupo surgiu como inovador deste estilo de música inspirando outras bandas a tomarem uma rota similar. Ainda sobre o teor da música deste grupo, pode-se dizer que foi marcadamente de crítica política e social pois várias veze o grupo esteve em conflito com o governo, porque nas suas composições espelhava a frustração do povo diante da guerra civil, da seca e da fome que estava destruindo o tecido social. As suas canções eram cantadas em varias línguas mas com maior acento as línguas africanas de Moçambique: Changana, Ronga e Chope. É um grupo com uma dimensão nacional e internacional com vários álbuns nas prateleiras: Majurugenta (1993), Nao precisa Empurar (1994), Kudumba (1997), Mozambique Relief[4] (2000) e  Vana Va Ndota (2005).

3.2. O Grupo Kapa Dêch

O conjunto Kapa Dêch, no seu formato final, foi fundado em Abril de 1996, integrando dez jovens músicos provenientes de várias bandas da cidade de Maputo, por influência do Aníbal Aleluia Júnior (Ndundrucomdundru).Um grupo com um estilo musical tradicional, afro-pop, cantadas na língua Chope, Bitonga, Changana, Português e Inglês, com um conteúdo musical baseado em crítica social e política. Este grupo tem uma dimensão nacional e internacional de acordo com os espetáculos realizados, álbuns gravados e vendidos fora do país.

Na sua discografia existem dois álbuns musicais: o primeiro Álbum foi o Katchume gravado em 1998 e o Segundo Álbum Tsuketani gravado no 2001. Há ainda assinalar o álbum Karimbo  de 2000, feito em parceria com o grupo Mabulo.

Podemos concluir que ao nível das duas bandas Ghorwane e KapaDêch respectivamente verificaram-se momentos de glória e de espinhos. 

4. O papel dos grupos Ghorwane e Kapa Dêch na transmissão da História de Moçambique

A música abre vários caminhos para o conhecimento humano. O presente artigo pretende analisar as músicas dos grupos Ghorwane e Kapa Dêch com vista a interpretar as letras musicais e enquadrar no contexto da História de Moçambique.



4.1. Analise das músicas do Grupo Ghorwane

Neste última parte abordaremos as músicas que retratam a situação sócio-política de Moçambique desde 1983, marcada por uma série de eventos como a estiagem e as cheias e a guerra civil, como também, as mudanças que se foram operando, decorrentes deste período difícil para os moçambicanos, a aprovação do PRE e mais tarde PRES, a mudança da constituição em 1990, a assinatura dos AGP e as primeiras eleições multipartidárias.

A música XINDZAVANI XA NKAKA[5], espelha a situação vivida nos primórdios dos anos oitenta em Moçambique: o drama da seca e calamidades naturais. Estas crises cíclicas levaram o país a uma situação que teve como desiderato a fome que graçou muitos moçambicanos. Refira-se que este foi o período que ficou conhecido como o tempo do “repolho” ou “se não fosse eu”, pois era a verdura disponivel para alimentar as pessoas. A canção “Xindzavani xa nkaka” fala de uma mãe que sofre conjuntamente com os filhos. A mãe pode ser considerada o país e os filhos a população moçambicana que se debatia com a falta de alimentos para minorar o drama da fome. Esta situação era agravada pelo conflito armado. A música SATHANA[6] fala sobre o conflito armado que assolou o país atiçado por potências estrangeiras. É um lamento pelo facto dos filhos da terra matarem-se. Fala também das pseudo-ajudas externas a partir de certas ONG’s.

A música MHAMBA YA MALEPFU[7] aborda um contexto pós-guerra civil, isto é, a década noventa, onde se destacaram os seguintes momentos históricos: o cessar-fogo entre o governo da FRELIMO e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), assinatura do Acordo Geral de paz em Roma; aprovação de uma nova constituição que abria espaço para a participação de outras forças políticas. A música fala da promessa da paz e prosperidade. Ao mesmo tempo é um convite a todos para a participação na criação do bem comum. E por fim a música NÃO É PRECISO EMPURAR, esta composição[8] foi escrita para a educação cívica da população para as primeiras eleições multipartidárias em Moçambique. As letras são do escritor moçambicano Mia Couto. Era um apelo para que ordeiramente e conscientemente se fosse votar.        

4.2. Analise das0 músicas do grupo Kapa Dech

Por ora iremos analisar as músicas do grupo Kapa Dêch. Para o efeito foram selecionadas duas músicas, nomeadamente: ”Xihlawulamani” e “Mapindza”. A música XIHLAWULA MANI[9] trata-se de um apelo a unidade nacional e é um hino contra a descriminação. E por fim a música MAPINDZA[10] que constitui um apelo para a redução da dívida externa. Invoca o passado, recordando às potências detentoras do poder financeiro a pilhagem de riquezas que elas fizeram em África, durante a era colonial. No fim, chama atenção aos jovens para a chegada de um novo tipo de colonialismo para que se previnam e se preparem para a defesa da nação.

4.3.Possibilidades do uso das músicas no Ensino de História

A música pode ser usada para introduzir um novo conteúdo histórico como também para motivar para um novo tema ou criar discussão em volta de um tema[11].

Alguns exemplos da aplicabilidade da música no ensino da história podem ser vistos a seguir:

A música “Xindzavani xa nkaka” pode ser usada para leccionar na 12ª classe, a unidade 5: “Estratégia de Desenvolvimento de Moçambique pós-indepedente”, tema: “A independência Nacional e a República Popular de Moçambique”, com objectivo de caracterizar a política interna de Moçambique após a independência[12], com efeito a música fala da situação vivida nos primórdios dos anos oitenta em Moçambique: o drama da seca, calamidades naturais e a questão do conflito armado e nesta unidade aborda-se a situação social, política e económica de Moçambique pos-indepedencia: as primeiras medidas políticas tendentes a reconstrução e o desenvolvimento do país, exemplo do plano prospectivo indicativo (PPI). 

A música “ Xihlawula Mani”que condena a descriminação de qualquer tipo, pode ser usada para leccionar o tema:A política social e as primeiras formações nacionalistas: o papel da imprensa e as manifestações literárias e artísticas”, da unidade temática 4: “O período da dominação colonial em Moçambique e os Movimentos de Libertação Nacional” na 12ª classe, porque nesta unidade prevê-se que se fale do ensino colonial, da cultura, da imprensa e da literatura na contestação da ordem colonial.

Para a leccionação dos vários temas é importante que o professor trace os objectivos da aula, trace as actividades a realizar, organize a turma em grupos de cinco distribuir as letras musicais e colocar o tema no quadro. Ainda  deve orientar a actividade a desenvolver e colocar as músicas seleccionadas para os alunos escutarem e tomarem nota do que for importante.

Em seguida o professor poderá pedir os grupos para se pronunciarem sobre o conteúdo que escutaram em relação ao tema da aula e criar um debate voltado para esclarecer algumas dúvidas que possam existir. O professor poderá colocar questões do seguinte tipo:

·         Da música escutada o que percebemos?

·         Que relação  podemos estabelecer entre o tema da aula e a letra da música?

Enquanto os alunos respondem, o professor deve fazer anotações no quadro para depois fazer, juntamente com os alunos, uma síntese da aula. Ainda poderá falar e esclarecer os aspectos que não forem abordados pelos alunos. 



5. Comentários Conclusivos

A música enquanto manifestação dos valores inerentes ao homem é um elemento importantíssimo para a transmissão do passado histórico, na medida em que ela é parte integrante de vários momentos da vida como o nascimento de uma criança, a boa produção agrícola, a transmissão de histórias sobre os povos ou grupos linguísticos, invocação dos ancestrais, cerimónias fúnebres.

A história da música Moçambicana pode-se dividir em dois períodos: o colonial e o pós-colonial. Os grupos em estudo nas suas músicas retratam a história de Moçambique nos períodos já referenciado.

 O grupo Ghorwane foi fundado em 1983 por Pedro Langa e o grupo  Kapa Dêch em 1996, fruto da banda infantil Petalas Amarelas, onde saíram daqui nomes como o falecido músico e compositor Tony Django, Rufas e José Pires.

  Na pesquisa efectuada pode-se constatar que a música é um importante meio de ensino da história, pois, desperta a curiosidade e interesse do aluno e a muda a relação entre o professor e o aluno, pois o contacto entre o aluno e a música quebra a tradição pedagógica em que o professor é o centro do conhecimento.

Segundo a pesquisa de campo, foi possível aferir que tanto os professores como os alunos consideram a música como um meio alternativo para o ensino de história, embora os mesmos não recorram a mesma para ensinar e aprender História. Assim, sugere-se aos professores e alunos ao uso de meios alternativos como a música. Por sua vez, sugerisse as escolas a adquirirem meios alternativos para o ensino.

A questão levantada a prior é confirmada, uma vez que a música dos grupos interpretaram temas ligados ao passado e ao presente da história da sociedade moçambicana.

O professor tem um papel fundamental no PEA, pois para além de ter que ser criativo, deve conhecer e dominar as estratégias adequadas. O uso correcto da música para o ensino poderá ajudar o estudante a conhecer a história com base em meios acessíveis e próximos de si como é a música.

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[1] A função do documento
[2] Função didáctica
[3] O termo música ligeira no contexto moçambicano é entendida na generalidade como referente a expressão da música popular urbana. Ou seja: música originalmente produzida com base na estrutura e influência da música tradicional que se desenvolveu e modernizou nas cidades pela via do uso das novas tecnologias
[4] Este albúm foi um projecto que contou com músicos como: José Mucavele, Stewart Sukuma, Gito Baloi e o projecto África
[5] Cestinho de Cacana, em língua changana.                                                                                                    
[6]Diabo na lingua changana.
[7]  Missa de Barba, a significar grande missa, na língua changana.
[8] Esta música fez parte da trilha sonora de um filme e de uma novela, que contou com os préstimos da actriz barsileira (Maitê Proença) e do escritor moçambicano Mia Couto.
[9]  Descriminação, na lingua ronga.
[10] A música quer dizer as cordas.
[11] EHP1, EHP3, EHP4, EHP5, EHP6(Apêndice VI, Resposta  6).
[12] PPI, PRE e PRES.

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